A bacia hidrográfica do Lago Apanás e Astúrias, na Nicarágua, faz parte de uma das regiões de maior biodiversidade no mundo. No entanto, esse rico ecossistema está ameaçado pelo uso intensivo de seus recursos naturais e forte desmatamento, que estão esgotando os estoques de carbono e a disponibilidade de água. Em um estudo de 2008, estimou se que as florestas remanescentes dessa bacia hidrográfica desapareceriam até 2017 se não fossem tomadas medidas.

O projeto Gestão Integrada das Bacias Hidrográficas (NI-X1005) foi um financiamento não reembolsável para investimento destinado a abordar essas questões climáticas e ambientais cruciais. Com apoio do Fundo para o Meio Ambiente Mundial, o projeto apoiou práticas sustentáveis de gestão de terras e manejo florestal, conservação de florestas e da biodiversidade, e formação de capacidades locais para o planejamento do uso da terra, a conservação do solo e a gestão integrada das bacias hidrográficas. Além disso, elaborou o primeiro Mecanismo Público de Pagamentos por Serviços Ambientais, cujo objetivo era que os agricultores e proprietários privados de reservas florestais assegurassem a sustentabilidade a longo prazo no uso dos recursos hídricos e na gestão das microbacias hidrográficas.

De 2012 a 2018, o projeto implementou práticas sustentáveis de gestão de terras e florestas em 7.126 hectares dos Sistemas de Restauração Ambiental e evitou ou sequestrou mais de 893.250 toneladas de emissões de CO2. Graças ao projeto, também foram estabelecidos 1.375 hectares de áreas arborizadas dentro da Rede Nacional de Reservas Naturais Protegidas (um aumento de 900%) mediante a criação de 42 Reservas Selvagens Privadas. Mais informações podem ser encontradas no Relatório de Conclusão do Projeto.

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